Monday, January 14, 2008

Relatório sobre o mandato 2005-7 como presidente da comissão directiva da Licenciatura em Negócios Internacionais

Quando tomei posse, vim encontrar a Licenciatura em Negócios Internacionais (LNI) numa situação muito periclitante, e isto a vários níveis:

  • Os números das candidatura de novos alunos estavam a descer consideravelmente, o que reflectia uma diminuição da sua atractividade.
  • Uma comissão criada no seio do CRUP estava a elaborar uma proposta em que a designação da LNI simplesmente desaparecia da oferta de licenciaturas das universidades nacionais, e por inerência também da Universidade do Minho.
  • O processo de reestruturação das outras licenciaturas concorrentes de ecordo com a Declaração de Bolonha estava já em adiantado estado de desenvolvimento e o da LNI ameaçava ficar para trás.

Perante este diagnóstico havia que estabelecer prioridades e encetar um determinado tipo de acções para tentar obstar à decadência e mesmo risco de extinção com que a LNI se estava a defrontar.

  • Redigimos um parecer a justificar a manutenção da designação e consequentemente do próprio curso de que démos nota num blog (http://www.ni-um.blogspot.com/) criado para o efeito, e que se destinava sobretudo a estabelecer um elo eficaz de comunicação e mobilização dos principais interessados. Essa exposição (http://ni-um.blogspot.com/2005/11/licenciatura-em-negcios-internacionais.html) tornou-se rapidamente supérflua, já que a referida reforma da oferta educativa do ensino superior não foi para a frente.
  • Uma vez este assunto ultrapassado, que não por efeito da nossa acção, como ficou estabelecido no ponto anterior, dedicámos o grosso da nossa actividade no ano lectivo 2005-6 a delinear a reestruturação da LNI de acordo com Bolonha, que ficou internamente concluida no final do ano lectivo e a nível da Direcção-Geral do Ensino Superior em princípios de 2007. (http://ni-um.blogspot.com/2007/02/registo-pela-direco-geral-do-ministrio.html)
  • De seguida teve-se de conceber o processo de transição entre os dois modelos, o que ficou concluido no papel no fim do ano lectivo de 2006-7, mesmo a tempo de entrar em vigor no corrente ano lectivo de 2007-8. Das dificuldades de implementação desta transição e da aplicação do novo modelo dará melhor do que eu conta a actual directora da licenciatura.
  • Pelo caminho desenvolvemos e aplicámos um inquérito às duas primeiras levas de recém-licenciados em NI, amostra essa que se revelou demasiado pequena para a podermos considerar representativa. Por este motivo consideraríamos de enorme utilidade que a actual direcção da LNI levasse a cabo uma maior disseminação do inquérito, nomeadamente entre as mais recentes levas de licenciados de modo a ficar com uma ideia mais concreta e fidedigna do percurso profissional e de outros aspectos críticos para o futuro da LNI.

Paralelamente a este processo formal, mas importante, dedicámos muitos dos nossos esforços a implementar um processo de ensino/aprendizagem mais moderno e eficiente de que ousamos salientar a metodologia baseada na resolução de problemas concretos, estudos de casos e utilização de novas tecnologias de ensino/aprendizagem, nomeadamente de comunicações electrónicas e de ensino à distância.

  • Muito dessa actividade encontrou concretização naquilo que designámos de Virtual ClassRoom in International Business, de que foram realizadas 5 edições. As primeiras três encontram-se descritas no seguinte sítio

(http://www1.eeg.uminho.pt/economia/pascoa/vcib20405/VCIB/index.htm), e constavam de actividades lectivas comuns entre as turmas que eu leccionava na LNI e turmas alemãs da University of Applied Sciences (Bielefeld, Alemanha) e mexicanas da Universidad Iberoamericana (Puebla, México) de colegas com disciplinas afins. Primeiro a dois e depois a três, estas actividades envolveram nas suas duas mais recentes edições (4ª e 5ª) turmas da Merrick School of Business (Baltimore, EUA) e da Universidad Internacional (Cuernavaca, México).

Ignoro porém o que destas práticas se terá difundido para outras disciplinas ou o que de inovador terá sido autonomamente introduzido pelos outros colegas, já que disso só detenho conhecimento muito parcelar, que a actual direcção talvez devesse aprofundar de forma mais sistemática.

  • Por último gostaria de salientar neste relatório apressado a realização duma série de Jornadas que designámos de International Business Week (IBW) e que se destinou fundamentalmente a criar uma rede de interesses comuns ao redor do ensino, aprendizagem, pesquisa e prática, que pudesse ajudar a promover e consolidar a LNI interna e internacionalmente.

As 1ª e 3ª edições foram realizadas na EEG/UM na Primavera de 2006 e 2007, a 2ª na Merrick School of Business (Baltimore, EUA) em Outubro/Novembro de 2006, e a 4ª na Universidad Internacional (Cuernavaca, México) em Outubro/Novembro de 2007. Apesar das deficiências de que ainda padecem, atribuímos a estas iniciativas um valor inestimável, de tal sorte que nos encontramos empenhados em colaborar na realização da IBW5 na EEG/UM prevista para a próxima Primavera. Para uma visão dos preparativos da IBW5, nomeadamente do respectivo programa preliminar, e das actividades das edições anteriores pode ser consultado o sítio http://www.ibw.googlepages.com/home .

Presumo que, em parte como resultado deste conjunto de iniciativas – que só foram levadas a bom porto com o contributo de muitos colaboradores dentro e fora da EEG, a atractividade da LNI tem aumentado nos anos lectivos mais recentes, tal como pensamos poder ser identificado na tabela seguinte.

Tabela Resultados das candidaturas à Licenciatura em Negócios Internacionais da Universidade do Minho


Vagas

Nº de Candidatos

(1ªs opções)

Nº de Colocados pelo contingente geral (% das vagas)

Nota do último colocado da 2ªfase

2001/02

30

20

14 (47%)

104,8

2002/03

30

29

14 (47%)

101,2

2003/04

23

26

19 (83%)

106,8

2004/05

23

20

12 (52%)

113,8

2005/06

23

26

10 (43%)

119,0

2006/07

23

38

20 (87%)

104,6

2007/08

23

37 (7)

23 (100%)

129,0

Fontes: www.acessoensinosuperior.pt e www.saum.uminho.pt

2 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Well said.

8:49 PM  
Anonymous Anonymous said...

Ao longo da minha vida académica tive a felicidade de ter o Dr. Páscoa como Professor, enquanto aluno de RIEP.
A sua competência é inquestionável.
Mas gostaria de expor aqui um assunto que julgo ser igualmente pertinente para a nossa formação.
Todos os dados estatisticos demostram uma afluência crecente ao curso de NI.
Não creio que a qualidade e a importância do curso no contexto actual se encontre debilitado. A licenciatura em NI têm qualidade e é importante nesta conjuntura. É um facto.
Contudo, finda a formação académica emerge a necessidade de formação profissional. E, em meu entender é este processo que deverá ser melhor estudado e desenvolvido, pois é inquestionável o impacto que esta fase tem na nossa vida!
Gostava que "alguém" se debruçasse mais em estabelecer contactos com potenciais empregadores, gostava que estes cursos tivessem disciplinas que obrigatoriamente nos aproximasse mais do mercado de trabalho, ou que se conseguisse estabelecer pólos e plataforms que facilitem e garantam um lugar (mesmo que precário) no mercado laboral.
No meu caso específico não foi muito dificil arranjar emprego, quer pelas competências adquiridas, quer por uma enorme componente de sorte.
Mas garanto-vos, isto não está fácil! Arranjar um trabalho actualmente, é encontrar uma mina de ouro!
Por isso, creio que também deverá ser um dever dos responsáveis dos cursos auxiliar na travessia dos seus alunos para o mercado de trabalho.
Sei que é díficil dar garantias de emprego! Nem é isso qu se pretende! Mas pelo menos haver alguma entidade (sem ser o IEFP) que auxilie os jovens universitários...
Tenho dito.

7:00 AM  

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